Aulas interdisciplinares proporcionadas pelo novo conteúdo curricular, com a inclusão da disciplina “Diversidade, Inclusão e Mundo do Trabalho (DIM)”, vêm apresentando resultados surpreendentes na comunidade escolar. A inovação foi implementada pelo Governo de Minas Gerais no Ensino Médio noturno e na Educação de Jovens e Adultos (EJA) a partir de resolução 2842/16, publicada no Diário Oficial do Estado no primeiro semestre deste ano.

 Todas as escolas estaduais, a partir de orientações da Secretaria de Estado de Educação (SEE), adotaram a disciplina DIM e ganharam nova motivação para a educação dos alunos do período noturno.

 

As reformulações incluem, além da nova disciplina, flexibilidade no horário de entrada conforme as necessidades dos alunos de cada escola e readequação do quadro de horários, respeitando as particularidades desse público.

 

“O aluno do ensino noturno geralmente é um 'trabalhador-estudante' ou uma jovem 'mãe-estudante', então a atividade principal não é a escola, mas o trabalho ou os filhos, no caso do Ensino Médio e da EJA. Assim, com este olhar, a Secretaria de Educação começou a observar o que a escola deve oferecer para os alunos neste perfil”, afirma o diretor de Ensino Médio da SEE, Wladmir Coelho.

 

Com a nova estrutura, um horário semanal é reservado às aulas de DIM, ministrada por três professores ao mesmo tempo. Nas primeiras aulas oficiais de 2016 os estudantes esclareceram suas dúvidas sobre a novidade e deram o pontapé inicial para elaboração de projetos.

 

Como parte do processo de renovação do currículo, os estudantes foram estimulados a pensar projetos de acordo com seus interesses, com liberdade para fazer propostas, se reunir em grupos e transformar projetos em ciência na prática. O resultado são projetos de sustentabilidade, gastronomia, cultura e outras áreas concebidos e tocados pelos alunos.

 

“Trabalhar com projetos nas escolas não é novidade. A inovação é a escola reservar um momento especifico, em 45 minutos semanais, com três professores, para orientar projetos que foram sugeridos coletivamente pelos alunos. Os temas partem do diálogo entre a escola e a comunidade. O objetivo com o DIM é tornar o conhecimento científico uma ação humana e, assim, uma identificação do aluno com a prática da ciência”

 

Wladmir Coelho, diretor de Ensino Médio da Secretaria de Educação

 

“Observo que cada escola interpreta ‘Diversidade, Inclusão e Mundo do Trabalho’ de forma diferenciada, pensando em seu território. Essa é a oportunidade de dar voz ao aluno, entender sua linguagem e construir com ele os projetos que fazem sentido em suas vidas e na de suas comunidades”

 

 

Cecília Resende, superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio da Secretaria de Educação

O grande mote do novo conteúdo curricular é proporcionar liberdade a alunos e professores para elaborar seus próprios projetos, seguindo as temáticas que eles escolherem.

 

De acordo com o diretor de Ensino Médio, os resultados animadores são um salto para uma gestão democrática, um dos objetivos do atual Governo de Minas Gerais. “O DIM deu oportunidade de estimular a criatividade tanto do professorado quanto dos estudantes, valorizando os processos criativos”, enfatiza.

 

Conhecimento e desenvolvimento

 

 

Os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos nas escolas convergem com os esforços em valorizar a iniciação científica no âmbito escolar. Segundo Wladmir Coelho, o Programa de Iniciação Científica que apresentará, neste segundo semestre, 13 feiras de ciências em espaços públicos de várias regiões do estado ganhou reforço especial no turno da noite com o novo conteúdo.

 

 

 

 

 

 

 

 


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